15/09/2007

ESTÓRIA E MORAL: momento zen nacional

Estória

O Felipão falhou escandalosamente um murro nas ventas dum qualquer sérvio que, diz ele, chamou nomes à família Scolari. Foi censurado pelo falhanço? Foi condenado por não ter tentado um pontapé nas partes do ofensor? Foi demitido por não ter feito uma espera ao biltre à saída do estádio, como costumam fazer os adeptos do FêCêPê aos árbitros que não comem a fruta do Pintinho? Não, não e não.

Foi censurado pelo doutor Laurentino, um senhor secretário de estado do desporto que usa um capachinho, e que falou com grande pompa e circunstância, não se sabe se na qualidade de secretário se de adepto do futebol, sobre atitudes e comportamentos e bla bla.

Foi censurado pelo senhor presidente da república que viu a coisa do seu «sofá» como «um gesto lastimável»

Até aquela menina jornalista que, dizem, namora o senhor primeiro ministro veio escrever, possivelmente em sua substituição, ocupadíssimo com o plano tecnológico a distribuir portáteis aos meninos nas escolas, que ficou «varada com o upper cut falhado», deixando-nos na angustiante dúvida sobre se a vara se deveria a achar que teria sido melhor um jab de esquerda em vez dum upper cut de direita ou pelo falhanço, tout court.

Vou iniciar aqui e agora uma corrente de solidariedade e organizar um jantar de desagravo ao mister.

Moral

Quem não se sente não é filho de boa gente

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