21/07/2007

ESTÓRIA E MORAL: aconchegando o défice

Estória

Durante a discussão do orçamento de 2005, o governador do BdeP doutor Vítor Constâncio não teve a menor dúvida em chumbar (e bem) o expediente de accounting cooking do ministro das Finanças doutor Bagão Félix que pretendia retirar as Estradas de Portugal do OE para suavizar o défice.

Bastaram pouco mais de 2 anos para o inconstante ministro anexo (petit nom inventado pelo agitador-evangélico doutor Louçã) ficar mortificado pela dúvida, pelo «caso difícil» segundo ele, resultante do mesmo expediente, ainda que mais sofisticado. Desta vez o governo inventou uma «Contribuição de Serviço Rodoviário» (um novo imposto) para financiar as Estradas de Portugal criando a ficção de que esta criatura será transformada, por um passe de mágica, numa empresa que presta e vende serviços garantindo por esta via receitas (o imposto) que cobrem mais de 50% das receitas totais (todas elas financiadas de facto pelo OE).

Na passada 5.ª Feira o PS garantiu a aprovação do passe de mágica criando um novo imposto de «6,4 cêntimos por cada litro de gasolina e de 8,6 cêntimos por cada litro de gasóleo (e promete) reduzir no Imposto sobre Produtos Petrolíferos».

Moral

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

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