Ó dótor, ó companheiro, quero pedir-lhe um favorzinho.
Ó senhor major, é minha obrigação atender um pedido seu. Consider it done.
Como?
Não é nada. Estava a falar com os meus botões. Do que se trata?
É o Cintra que precisa que a Caixa despache um empréstimo que está encalhado. Dê lá um toquezinho aos gajos.
Com certeza, companheiro major. Tenho muito gosto em ser útil.
Obrigado dótor.
Ora essa, major. Estamos cá uns para os outros.
(Reconstituição não muito imaginária do diálogo entre o ex-ministro doutor Arnaut e o senhor major Loureiro, gravado nas escutas do Apito Dourado e citado pelo
Sol)
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