Quem percebe a diferença entre ciência económica e economia mediática só por perfídia responsabilizaria o governo pelo aumento da taxa de inflação homóloga para 3%. Mesmo que, como é o caso, os suspeitos do costume (produtos energéticos) neste caso estejam completamente inocentes, porque, não os considerando, a inflação homóloga em Setembro seria superior (3,1%). (Diário Económico)
E a coisa só piora em termos de inflação média dos últimos 12 meses. Medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor alcançou 3,1%, aumentando o diferencial para a média da Zona Euro para 0,8%.
Esquecendo, por agora, a questão crucial que é antecipar as consequências das nossas taxas de juros serem europeias e a nossa inflação ser doméstica, fica a pergunta: se o governo se concede os louros da retoma, que, por agora, exige bastante fé, para quem fica a responsabilidade da inflação divergente, do crescimento contínuo da despesa pública (que aumenta em valor, uma vez mais, no orçamento de 2007) e de outras pequenas miudezas?
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