A população da Rússia diminui 6 milhões desde a queda do império soviético, ao ritmo anual de 700.000, resultado duma taxa de natalidade evanescente e duma galopante taxa de mortalidade que levou a esperança de vida masculina aos 59 anos, isto é 5 anos inferior à dos tempos do camarada Nikita.
As taxas de mortalidade por doenças cardio-vasculares e por suicídio são das mais altas do mundo. Apesar de terem muito menos automóveis, os russos têm uma taxa de mortalidade por acidentes de viação quádrupla da britânica. Os homicídios são 20 vezes mais frequentes do que na Europa ocidental. Em 2005 morreram 36.000 russos por alcoolismo.
Sobre os escombros do colectivismo soviético, o czar Putin prepara o renascimento da grande Rússia, com a indispensável ajuda das areias do cretáceo enterradas nas profundezas da Sibéria ocidental.
Por cá, os herdeiros de Cunhal e os seus filhos pródigos emigrados para o Bloco de Esquerda suspiram de saudade do paraíso perdido e sonham com os amanhãs que cantam.
(Fonte: A sickness of the soul)
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