Para quem duvide que a contabilidade pública é uma ciência oculta, aconselha-se a leitura dos comentários da ex-ministra das Finanças doutora Ferreira Leita, ela própria uma autoridade em contabilidade pública, que não hesitou ao afirmar «que várias despesas importantes do Estado não estão inscritas na Proposta de Orçamento de Estado para 2007, o que suscita riscos significativos de suborçamentação.» (Jornal de Negócios)
Ela, com saber de experiência feito, apontou o dedo experiente para uns trocos: 145 milhões nos encargos com SCUTs e uns milhões não especificados de indemnizações compensatórias ao Instituto de Estrada de Portugal.
Até aqui nada de novo. Brilhante é a sua apreciação da proposta de orçamento e do ministro: «muito bem feito, pois não se percebe nada do que lá está. É um grande mérito do ministro das Finanças».
Fica assim, uma vez mais, demonstrado que a contabilidade pública é uma ciência oculta (César das Neves) e, pela primeira vez na história, formula-se a hipótese de que o exercício da contabilidade pública é ocultismo (Impertinências).
QED
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