05/08/2006

DIÁLOGOS DE PLUTÃO: a coerência do mal e o bem da incoerência

- Porventura consideras a coerência como uma virtude, Calisto?
- Sim, porque devemos agir segundo as nossas convicções.
- Então se as nossas convicções forem de má índole, ainda te parecerá uma virtude?
- O que é mau para uns pode não ser mau para outros.
- Então, estás disposto a elogiar um serial killer?
- Não, claro que não!
- Mas um serial killer é coerente, logo será, segundo dizes, virtuoso.
- Não, porque nesse caso trata-se de elogiar a coerência no mal e não no bem e o mal nunca pode ser elogiado.
- Mas se é assim, Calisto, o que deve ser elogiado é o bem e não a coerência, se não corremos o risco de confundirmos Ética com Estética e de perpetuarmos o conforto do relativismo.
(Diálogo lido neste inspirado post do bomba inteligente, a propósito do que o doutor Miguel Sousa Tavares disse do ditador Castro, que também poderia ser dito a propósito de Hitler, de Estaline ou simplesmente do nosso Botas)

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