- Ó pá, viste aquele gajo no domingo?
- Qual gajo? Porra. Explica-te.
- O gajo do rafting.
- O gajo do rafting? Qual gajo do rafting?
- Tás um bocado estúpido, meu. O gajo da quinta.
- Ah! Aquele merdas do dono da quinta?
- Té quim fim, mén.
- E quéque tinha o merdas?
- Que pergunta, pá. A gaja.
- A gaja?
- Sim, a gaja que andava com ele.
- Já percebi. Era boa cómómilho. Pra ti, meu. Não faz o meu género.
(Várias tribos no balneário. A tribo silenciosa dos bandulhos atafulhados, a tribo chilreante dos metrosexuais e BG, indistinguíveis a olho nu, mirando-se ao espelho, a tribo ruidosa dos grunhos e a tribo vulgar de Lineu, na circunstância essencialmente representada por
moi e um outro infeliz. Percebo os sacrifícios que as gajas têm que se sujeitar para abarbatarem um gajo normal, por assim dizer.)
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