Secção Padre Anchieta
Confesso que não tive pachorra para ouvir o discurso do senhor presidente da República na Assembleia. Não tive, nem prevejo que venha a ter.
Avaliando pelo resumo do Público, tratou-se de mais do mesmo. Diagnóstico? Os coitadinhos. Medicina? O medicamento do costume em doses maiores. O medicamento do costume tem como princípio activo o estado napoleónico-estalinista e como excipiente o compromisso cívico, no manipulado do professor Cavaco Silva.
Como era de esperar, a prescrição cavaquista entusiasmou o senhor engenheiro a sua tropa, as tropas do doutor Mendes e o que resta das tropas do CDS. Quanto ao PCP e aos Berloque de Esquerda, nem por isso, o que é manifestamente má vontade, porque é mais o que os une ao resto da tropa do que o que os divide (entusiasmos e má-vontade aqui relatados).
Tudo isto é aborrecido de tão previsível. Verdadeiramente excitante deveria ser (se eu soubesse) o que se passou nas mentes das criaturas (incluindo liberais de salão) que depositaram no professor Cavaco Silva as suas esperanças de caminhar para a construção do estado liberal.
Três bourbons para o professor Cavaco Silva, que só engana quem gosta de ser enganado e quatro chateaubriands para as esperançosas criaturas (incluindo liberais de salão).
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