Secção Perguntas impertinentes
Há coisas (poucas) de que o Impertinências não pode ser acusado. Por exemplo, ser meigo com este governo (e com os outros, claro). Dito isto, sou obrigado a acrescentar que o governo em exercício não é pior do que os outros. Para ser honesto, terei que reconhecer que é melhor do que quase todos os outros, incluindo os chefiados pelo venerando chefe de estado professor doutor Cavaco Silva, durante os quais o estado napoleónico-estalinista cresceu desmesuradamente e a vaca marsupial pública ganhou pletóricas banhas. O governo actual é bom. É bom no género mau.
A divulgação hoje do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), é só por si um QED. Reduzir os organismos (e, consequentemente, os orgasmos) da Administração Central de 414 para 294, avaliar mais de 75 mil funcionários e botar alguns milhares nos "supranumerários", sendo uma coisa modesta e insuficiente será, SE FOR FEITA, uma acção inédita na estória do estado napoleónico-estalinista, desde os tempos do Botas até aos tempos do charmoso engenheiro Sócrates, passando pelo engenheiro de correntes fracas fugido para as NU, o cherne em fuga na CE e o doutor Pedro perdido nas brumas da noite alfacinha.
No pé em que estão as coisas, atribuo ao governo 1 - afonso - 1 pelo anúncio e reservo mais 2 ou 3 para quando e SE a coisa for avante.
Aqui fica, pois, a incontornável pergunta: será que o governo tem tomates para levar a cabo ao menos metade do que anunciou?
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