10/10/2005

DIÁRIO DE BORDO: cem anos de perdão

Pode-se imaginar muitas outras razões dialécticas para explicar porque são eleitos aquelas senhoras e aqueles senhores que têm mais processos em tribunal que anos de vida. Sim, pode-se imaginar. Mas não vale a pena. O povo vota neles porque sempre desconfiou (com boas razões) do Terreiro do Paço e prefere um ladrão que rouba ladrão (e tem cem anos de perdão) a um procurador (possivelmente também ladrão) da trupe estacionada no ou em trânsito para o Terreiro do Paço.

O povo rejeita os procuradores e escolhe os robins dos bosques (ou quem ele pensa que são) que irão sacar a grana ao Terreiro do Paço para torrar nas rotundas, nos polivalentes e em outras merdas que não servem para nada. Ou servem para usar meia dúzia de vezes por ano, como sejam os 21-«equipamentos»-21, a fingir de teatros, com que o ministério da Cóltura salpicou este ano o país «real», derretendo na obra 94,1 milhões de euros. (ver a peça «Teatromania» no caderno Actual do Expresso).


O major Valentim dirigindo a palavra ao povo num bosque em Gondomar

Sem comentários:

Enviar um comentário