[continuação de (1) e (2)]
José Gil dedica um capítulo inteiro do seu livro ao tema «queixume, ressentimento, invejas» que segundo ele povoam a mente dos portugueses. Não por acaso, queixume e inveja são dois atributos comummente associados ao estereotipo feminino, apesar de não explicitamente referidas por Hofstede como caracterizadoras do feminino na dimensão feminino/masculino.
Um aspecto interessante e original salientado por José Gil, é a existência duma «vítima» em estado de vulnerabilidade como condição prévia para a inveja proliferar. Essa vítima «não sabe o que quer», ou, como o Impertinências costuma enfatizar, «quer sol na eira e chuva no nabal».
É claro que, roído de inveja pelo sucesso do outro, ou pela aparência de sucesso, o português não admira sinceramente quem o alcança: «a admiração é quase sempre de fachada».
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