26/06/2005

SERVIÇO PÚBLICO: a «revolução cultural» da magistratura

O doutor António Cluny, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, ameaça que vai convocar uma conferência de imprensa para expor o desperdício de dinheiros públicos. Desperdício de dinheiros com a ineficiência da máquina emperrada da justiça? Ora essa, o doutor Cluny não trata desses assuntos. Ele está preocupado com os institutos públicos e, registe-se, sobretudo com os vencimentos dos seus presidentes e directores que ganham mais do que os magistrados.

Porquê a súbita preocupação dos magistrados pela palha ruminada pela vaca marsupial pública? Trata-se apenas de uma arma de arremesso que faz companhia à greve de zelo. Perdão? Greve de quê? «Revolução cultural», rectifica o doutor Cluny.

Revolução quê? Decomposição do desmesurado, mas fraco, estado napoleónico-estalinista.

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