Para dar um ar erudito aos devaneios, o Impertinências tem citado os estudos do antropólogo Geert Hofstede inúmeras vezes, desde o passado longínquo até ao passado recente.
Hofstede foi citado quase sempre a propósito da combinação perversa de colectivismo, feminilidade, aversão ao risco e distância hierárquica que caracterizam a cultura dominante na sociedade portuguesa e, possivelmente, estão na génese do capitalismo luso, timorato e dependente, e de várias de outras malformações, como a mediocridade das nossas elites ou o rastejar mendicante da nossa intelectualidade.
Nunca me dei ao trabalho de explicar o modelo de Hofstede e o mais longe que fui, ficou-se pela superfície. Eu sabia que isto estava escrito em qualquer sítio (*), e mais tarde ou mais cedo alguém (o doutor João Gata da Universidade de Aveiro) haveria de o publicar nalgum sítio (pág. 55 do Semanário Económico de 17-06).
(*) Antecipando-me à reclamação dos direitos de autor, é melhor confessar já que o sítio onde isto costuma estar escrito é o sítio bomba inteligente,.
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