Se eu fosse um adepto do multiculturalismo, esqueceria continentes inteiros onde predominam culturas e religiões que aceitaria à pala da doutrina, e que por isso não seriam para aqui chamados. No remanescente (Europa, EU, Canadá, Austrália) pode dizer-se que o mulherio se saiu razoavelmente bem da emancipação da secular tutela masculina. Mérito delas? Sem dúvida. Sem esquecer a preciosa ajuda da indústria farmacêutica, que inventou a pílula e fez mais pela causa do que todas as Andreas Dworkin juntas. Sem esquecer, também, o capitalismo que lhes deu oportunidades no mercado de trabalho e lhes assegurou a independência económica.
Pois bem, em vez de partir em cruzada para as longínquas regiões ainda sob o jugo do macho, as legiões feministas preferem investir sobre o inimigo derrotado nas regiões libertadas e quase pacificadas, salvo uma ou outra guerrilha impertinente.
Na versão soft, como é o caso da escritora Inês Pedrosa, a investida faz-se pastoreando o inimigo com o bordão da «filosofia feminista».
Na versão hard são incontáveis os exemplos. Cito um deles relatado por um Lobo do mar, o da megera que dá pelo nome de Susan Darker-Smith. Nas palavras do Lobo do mar, «já não se trata de igualdade de sexos no plano simbólico, mas de aniquilação do sexo no plano metafórico: só sem diferenças sexuais se pode matar Adão e o predomínio capitalista-sexista».
E, no entanto, as diferenças existem. Já aqui relatei as teses politicamente incorrectas de Lawrence Summers que provavelmente levarão à sua demissão pela matilha do PC.
É agora a vez dos investigadores heréticos do Laboratório de Neuropsicologia do Instituto da Inteligência correrem o risco de serem perseguidos por concluírem que «os rapazes são melhores no raciocínio matemático, na filosofia e na leitura de mapas e as raparigas vêem melhor no escuro, têm mais habilidades verbais e maior persistência e capacidade de concentração», só para citar algumas das diferenças.
Outros heréticos da University of East London concluíram que «gay men adopt male and female strategies (and) their brains are a sexual mosaic". Quer isto dizer que são cada vez mais as evidências da diferenciação no hardware da bicharia, que partilha componentes dos dois géneros.
HERESIAS TERMINAIS:
Se levarmos até ao fim as conclusões dos heréticos do Laboratório de Neuropsicologia, voltaremos a adoptar a separação de sexos, pelo menos até ao final do ensino secundário, para potenciar o desenvolvimento óptimo do software mental de cada género a partir de hardware diferenciado. Sejamos modestos e esqueçamos potenciar seja o que for. Cuide-se apenas de evitar a colonização por estratégias pedagógicas, talvez adaptadas ao hardware mental feminino, mas completamente inadequadas para o masculino. Eventualmente essas estratégicas explicam o crescente fracasso escolar do género.
Se levarmos até ao fim os resultados das pesquisas dos heréticos da University of East London, vamos talvez concluir que o sucesso da solução final do feminismo radical será o hermafroditismo universal.
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