«Haverá pluralidade de partidos e vários candidatos» (nas eleições legislativas e presidenciais) disse a vários jornalistas Bashar al-Assad o ditador de serviço na Síria, sucessor do ditador seu pai Hafez al-Assad.
Depois do ditador de serviço na Líbia ter desistido do terrorismo, depois de 8 milhões de eleitores votarem nas primeiras eleições decentes alguma vez realizadas no Iraque, depois de Osni Mubarak, o ditador de serviço no Egipto, ter anunciado também eleições «livres», depois da organização nacionalista-terrorista OLP se ter disposto a eleger um novo líder e a negociar com Israel, depois do governo libanês pró-sírio se ter demitido e convocado eleições, depois da Síria ter anunciado a retirada do seu exército de ocupação do Líbano, depois de tudo isto, Bashar al-Assad descobre também o seu amor tardio pela democracia.
A que se devem os ventos de mudança? Às diligências diplomáticas do eixo Paris-Berlim? Aos auspícios da ONU? Por muito brutal e inconveniente que seja a verdade, para quase todos os que pensam por uma cartilha, é difícil esconder que esses ventos se devem à intervenção da coligação americana no Iraque e à atitude firme de Bush para defender os interesses americanos que, uma vez mais, e por enquanto, coincidem com os interesses da democracia e dos mercados livres, isto é do mundo livre.
Convém lembrar, a propósito, que a falta de aprovação pelo Conselho de Segurança da ONU da intervenção no Iraque, que tanto incomodou alguns governos europeus, não lhes trouxe grandes problemas de consciência quando pediram aos EU para apagar o fogo nas suas traseiras que lavrava no Kosovo.
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