02/03/2005

ESTÓRIA E MORAL: You too

Estória
Já tinha lido a estória no Aviz que citava a FolhaOnLine. Pelo sim, pelo não, fui confirmar ao Money da CNN.

Não há dúvidas. O Los Angeles Times propôs de facto no editorial de 6ª feira passada a nomeação de Bono, vocalista e chefe dos U2, para presidente do Banco Mundial em substituição de James Wolfensohn, que termina o mandato em Maio. Sendo Bono «a única pessoa no mundo a ter em seu currículo indicações para o Oscar, o Grammy, o Globo de Ouro e o Prémio Nobel da Paz», essas seriam para o LAT referências suficientes para propor Bono.

Ontem o preconceito venceu-me. Hoje o argumento parece-me inatacável. Pois se Bono está habituado a privar com as luminárias globais, que vão desde Gates até Blair, e segundo o LAT «é profundamente versado nos problemas que afligem os nações menos desenvolvidas do mundo».

Só via uma pequena dificuldade. Quem substituirá Bono nos U2? Não precisei mais do que alguns segundos para encontrar a resposta: Gordon Brown, o chanceler do Tesouro britânico, por coincidência um dos candidatos mais falados para presidente do Banco Mundial. É certo que, por um lado, Brown tem uma voz de baixo, mais afeiçoada para substituir o Boris Christoff na Boris Godunov do que para substituir o Bono no How To Dismantle An Atomic Bomb. Mas, por outro, e se Brown tiver sido na sua adolescência, como é provável, um sujeito profundamente versado na música pop?

Moral
In dubio pro bono



ANTEVISÃO: Gordon Brown ensaindo Vertigo / Bono apresentando o relatório do BM

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