A muito custo, o Impertinências não imitou o doutor Anacleto Louçã e absteve-se de comentar sem ter visto o «Combate dos Chefes», como foi baptizado pelo Expresso o debate entre o doutor Santana Lopes e o engenheiro Sócrates.
À míngua dum "resumo" ciciado ao ouvido pela doutora Ana Drago, e apenas apetrechado com o suplemento especial extraído do quilograma de papel daquele semanário, o Impertinências, após uma leitura atenta das 12-páginas-12 da acta do combate, está agora em condições de dar o seu veredicto impertinente.
O doutor Calimero consegue transmitir a impressão dum (relativo) conhecimento dos problemas e de os tratar com um módico de (relativo) rigor. É surpreendente para quem deixa que se dê de si próprio a imagem pública que ele deixou que se desse.
O engenheiro Sócrates confirma os piores receios. Não domina os dossiers, está pouco à vontade em quase tudo (excepto talvez no tema da co-incineração), não tem ideias novas e não apresenta nem uma velha boa ideia.
Na sua declaração final o doutor Santana Lopes faz uma boa síntese do programa socialista: «não se querem comprometer com nenhuns objectivos que dependam de si próprios».
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