Ao ler «O princípio da Não Escolha» de Helena Matos no Público, texto para o qual os sempre atentos blasfemos chamaram a atenção, ocorreu-me mais um subsídio para mitigar o deserto de ideias inundado de palavras da campanha do engenheiro Sócrates.
Desta vez trata-se de melhorar o estado deplorável do ensino básico. Não é um cheque-educação para os pais. Nada disso. Nem mesmo fazer depender uma parte variável da remuneração dos professores das notas dos seus alunos nos exames nacionais. Nada dessas medidas «neo-liberais» que, aliás, seriam «fracturantes» da base de apoio do PS.
Actualmente a matrícula dos alunos do ensino básico está limitada à escola da residência dos pais ou, quanto muito à escolha, sujeita a vaga, de uma outra escola do mesmo agrupamento. Quanto a exames nacionais (os únicos não manipuláveis pelas escolas) têm lugar apenas nas disciplinas de português e matemática no 9º ano. Em vez deste sistema perpetuador da preguiça dos alunos e da incompetência dos professores, trata-se, simplesmente de fazer exames nacionais em todas as disciplinas relevantes no final de cada um dos 3 ciclos do ensino básico, publicar o ranking das escolas, dar aos pais a opção de escolher livremente a escola onde matricularão os seus filhos e colocar os professores em linha com o número de alunos matriculados.
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