Num deserto de ideias, um dilúvio de palavras, continua a ser uma boa síntese do pensamento político do engenheiro Sócrates.
Depois da reforma fiscal, a política de subsídios do Impertinências ao líder do PS trata hoje da reforma da justiça e, de caminho, do cumprimento do seu voto piedoso de crescer 3% por cento anualmente durante a legislatura.
Tudo isto se (um se de tamanho médio) o estudo da doutora Célia Costa Cabral, investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova, for um pouco mais rigoroso do que o estudo duma outra investigadora que detectou vestígios de não sei o quê, nos cigarros da marca não sei qual, vestígios que todos os outros, não sei quem, não encontraram.
Segundo a doutora Célia, «um melhor desempenho do sistema judicial levaria a um crescimento da produção de 9,3 por cento, o volume do investimento cresceria 9,9 por cento e o emprego 6,9 por cento. Tudo somado, teríamos um acréscimo de 11 por cento na taxa de crescimento do PIB e uma economia seguramente mais pujante».
Claro que para conseguir estes resultados o engenheiro Sócrates teria que comprar umas boas brigas com várias corporações, tais como magistrados, PJ, funcionários judiciais, funcionários públicos em geral e todo o aparelho sindical com as suas dezenas de milhar de aparatchiks que veriam o ataque ao bastião da justiça como uma séria ameaça às suas barbacãs. A coisa, portanto, não será fácil. Mas se fosse fácil, costuma dizer um gajo que conheço, não seria para o engenheiro Sócrates que é um homem que tem um rumo (só que não sabe ainda qual seja).
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