«A Administração Pública vai ser alvo de um investimento de 140 milhões de euros ao abrigo do Programa Operacional de Administração Pública, essencialmente centrado nas acções de formação e requalificação, anunciou ontem a secretária de Estado da tutela, Sofia Galvão.» (DN)
Camadas sedimentares sucessivas de aparatchiks do PCP (ainda restam alguns), do PS, do PSD e mais recentemente do PP, sobrepondo-se às camadas de rocha burocrata do cretácico e do jurássico que parasitam o trabalho dos temporários, constituem uma formação geológica quase impenetrável a mudança.
Só quem não tem nenhuma ideia do que seja a gestão das organizações e não conheça o estado actual da administração pública portuguesa, ou acredite em milagres, poderá esperar que o resultado de entornar 140 milhões de euros em cima do problema seja mais do que animar o mercado da consultoria de recursos humanos. Na melhor hipótese. Na pior será atulhar ainda mais a vaca marsupial pública com novos utentes para formar e requalificar os utentes com direitos adquiridos.
E não tem solução? Lá ter, talvez tenha. Mas exige outras políticas, outras medidas e, claro, outra gente.
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