Introdução
A estória repete-se. A primeira vez como comédia, a segunda, a terceira e todas as seguintes, também.
Esta lei da repetição será um pouco maçadora mas tem a vantagem de permitir a reciclagem dos posts. Aqui vai, de novo, o post impertinente de 27-11-2003.
Secção Idiotas Inúteis
A festa continua? Melhor, a festa é contínua.
Na terça feira, umas centenas de ociosos, talvez matriculados em universidade, fizeram uma maninfestação (ver Glossário) em Lisboa, Porto e Coimbra, subindo a um patamar superior da luta de classes, os rapazes passaram a pedir a cabeça do primeiro ministro.
Provavelmente, a melhor palavra de ordem deve ter sido gritada no Porto: Propinem as empresas. Carago, acrescenta o Impertinente. Sempre é uma ideia. Não é grande coisa, mas é uma alternativa à propinação dos contribuintes.
Já sem inspiração para zurzir o tema, lembrei-me de pedir ajuda ao Prof. Saldanha Sanches que, apesar sua promiscuidade com a esquerdalhada, apresenta encorajadores sinais de lucidez, talvez devida à contaminação pela sua actividade como fiscalista, que certamente o sensibiliza aos custos das asneiras.
Escreveu ele no semanário do papel higiénico, que se a maioria dos estudantes de Coimbra (e de outros lugares, acrescento) acha que frequenta cursos tão maus que não vale a pena pagar a propina simbólica, então não vale a pena abrir a Universidade. Se esperamos lucidez dos reitores, é melhor esperarmos deitados, porque, diz ainda ele, há reitores das universidades públicas que têm hoje duas funções principais: bajular os estudantes e pedir dinheiro ao governo.
(Nota histórica: razão, antes de tempo, teve o grande dirigente da classe operária quando mandou expulsar do MRPP o então camarada Saldanha Sanches durante a primavera quente de 1975)
Em apoio à luta dos estudantes, o Impertinente exorta os matriculados maninfestantes a maninfestarem-se full time num qualquer maninfestódromo e deixarem em paz as criaturas que querem fazer pela vida. Como incentivo, os maninfestantes levam 3 bourbons e 4 chateaubriands.
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