Temos a maior frequência de acidentes e a mortalidade rodoviária mais alta da Europa. Seja a Órópa dos 15, seja a dos 25, seja a Europa gaullista, que ia do Atlântico aos Urais. Porquê? Velocidade? Nem por isso. O condutor português médio é tão inapto que só conduz a alta velocidade quando está com os copos. Ou para se vingar das humilhações que a patroa e a sogra lhe infligem à frente dos putos. Incompetência e desconcentração são causas possíveis.
Desconcentração, que aflige também os craques do futebol doméstico que não sabem jogar sem bola e se quedam a olhar distraidamente para ela quando lhes cai aos pés, vinda do além. Desconcentração que não poupa ninguém, do empregado de mesa, a quem temos que assobiar para nos trazer a conta, ao asno que conduz o chaço que à nossa frente vai na faixa da esquerda, quando devia ir na direita, que está vazia até onde a vista alcança. Asno que, por definição, é um nacional-faixista, neste caso de esquerda.
Nova Definição Impertinente:
Nacional-faixismo
Um movimento social-nacionalista. Um estado de espírito que emprenha o país, do Portugal profundo à socialite ranhosa da Caras, e que leva os portugueses a circular na faixa errada. Como movimento, existe na versão faixismo de esquerda - a mais agressiva, e na versão faixismo de centro. A versão faixismo de centro é, como no resto, provavelmente maioritária, abrangendo os que andam devagar mas têm vergonha de não andar depressa. A versão faixismo de direita é imobilista. É adoptada pelos indígenas que não circulam e encalham o chaço em 2ª fila enquanto vão fazer umas comprinhas, que duram um par de horas.
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