Estória
O doutor Isaltino de Morais mostrou ser um exemplo do princípio de Peter. Fez um bom trabalho como presidente da câmara de Oeiras, apesar dos fumos de corrupção - dos andares e terrenos que em surdina se comentava lhe iam adornando o património pela mão generosa de promotores e construtores.
Mal chegou a ministro derrapou fatalmente nas suas contas na Suíça, com o dinheiro do seu sobrinho taxista, contou ele. Teve o bom senso de se demitir e ficar calado. Por pouco tempo.
Na sua entrevista a O Independente de quinta-feira passada, o doutor Isaltino conta estórias mirabolantes que não precisavam de ser contadas e diz coisas que não precisavam de ser ditas - «Durão pediu-me para ficar», diz o título. Um pouco de senso, uma boa gestão do silêncio, o relativismo ético dominante e a curta memória do povo permitiriam uma providencial prescrição moral e o regresso pela porta dos fundos, antes das próximas eleições legislativas.
Moral
Pior a emenda do que o soneto.
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