Estória
Jacques Chirac garantiu ontem ao presidente chinês Hu Jintao, de visita a França, a sua oposição ao referendo marcado para 20 de Março em Taiwan, para os habitantes da ilha decidirem sobre o reforço da defesa no caso dos mísseis chineses continuarem apontados para a terra deles, e sobre eventuais negociações com vista a um acordo com Pequim.
O que tem isto de extraordinário? Nada. Business as usual. Chirac está apenas a jogar ao ataque, posicionando-se no mercado chinês – 1.300 milhões de consumidores e um PIB que cresceu na década de 90 à média anual de 11%.
Os grandes princípios são reservados para o Iraque, onde Chirac não joga ao ataque. Jogava à defesa para segurar o resultado: anos de colaboração com o regime de Saddam.
Moral
«A Inglaterra não tem nem amigos eternos, nem inimigos eternos, mas apenas interesses eternos», disse Lord Palmerston, ministro dos NE inglês que durante 40 anos defendeu os interesses ingleses contra a Rússia e a França. E a França também não.
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