A minha amiga doutora Ana, psicóloga pela Sorbonne, socióloga e antropóloga nas horas vagas, telefonou-me indignada com a prosa horrorosamente machista do post de ontem.
Tentei explicar-lhe que o urinar no chão para marcar o território é, para muitos mamíferos machos, um comportamento perfeitamente natural inscrito nos seus genes, e o homem não passa dum mamífero macho, incompletamente domesticado. Ouviu-me com hums, o que nela significa ó filho falas muito bem mas não me convences. Acrescentei que o urinol me parecia uma boa solução de compromisso entre a incontornável animalidade do homem e a sua desejável humanização. Que também era necessário preservar a biodiversidade, etc. e tal.
Nada. Respondeu-me, definitiva, que já é tempo do novo homem chegar – o homem sensível, que chora, que usa cremes, em suma que urina sentado.
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