31/01/2004

CASE STUDY: Talvez arrumadores de carros?

Li aqui:
«Os mais de 116 mil alunos do 6º ano que, em Maio de 2002, realizaram as provas de aferição não conseguiram mais do que uma média de 33,5 por cento, numa escala de 0 a 100
Como se isto não fosse já um desastre, em matemática as coisas são muito piores (o Público não refere números) .
Estamos condenados a ser o sudeste asiático da Europa? Nada disso. Eles afastam-se rapidamente do ponto para onde nós caminhamos. Lembrei-me de ir reler o artigo «Banking on education to propel a new spurt of growth» do Economist de 13 Dez para confirmar que a percentagem de alunos matriculados em relação ao grupo etário no ensino secundário e no ensino superior é, para a maior parte dos países da região, superior a 70% e 30%, respectivamente.
E por falar em ensino superior, o gráfico aqui mostra como gastamos com as universidades uma percentagem do PIB muito maior do que a da Grécia e praticamente igual á de países que têm um ensino terciário de muito melhor qualidade, como Suíça, Japão, Alemanha e Grã Bretanha. Não vale refutar com o argumento que estes países têm um PIB per capita superior, porque o que conta nos custos com a educação são as despesas com o pessoal docente e administrativo e é evidente que um professor universitário português não pode ganhar pela bitola suíça.
Ou somos capazes de reformar o sistema educativo rapidamente ou cumpriremos o destino que nos reserva o doutor José Manuel de Mello - «talvez arrumadores de carros».

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