Por razões difíceis de entender e possivelmente demoradas de explicar, é detectável, um pouco por todo o mundo, um enviesamento para a esquerda nos média, em particular na imprensa, em relação as espectro eleitoral. É um facto conhecido e estudado – v. por exemplo “Bias: A CBS Insider Exposes How the Media Distort the News”, de B. Goldberg).
Também em Portugal isso foi notório, antes e depois do 25 de Abril, mesmo esquecendo o período excepcional de Abril de 1974 a Novembro de 1975, em que a esquerda comunista e maoísta dominou completamente os média.
O que para mim é surpreendente é o peso actual que tem a extrema-esquerda, segundo uma fonte credível que é o VALETE FRATES! (não por acaso o link para o seu blogue está prantado nesta página) – o Bloco de Esquerda representa 2,8% do eleitorado e 80% dos votos dos jornalistas.
Conhecida a qualidade medíocre e o exíguo profissionalismo da generalidade do jornalismo português (esquecendo a falta de escrúpulos, as avenças, etc. - um grande etc.), a completa confusão entre factos e opinião, por dolo ou incompetência, imagina-se o resultado desta caixa de ressonância ocupada pela esquerdalhada em geral e o radical chic em particular. Não é preciso imaginar, basta ler os nossos jornais (não falo do jornalismo televisivo porque não vejo, aliás não existe).
E se o enviesamento fosse para a direita? Seria menos grave? Depende da direita, claro. Se fosse a direita das causas seria suficientemente mau. Mas, nos tempos que correm, seria menos perigoso, porque a direita das causas é uma direita patologicamente estúpida.
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