Há qualquer coisa de inautêntico, de postiço, no homem. Não me refiro às suas mudanças de políticas – o mundo é composto de mudança. Nem à óbvia instabilidade – não é o único, o doutor Santana Lopes é um caso singular e, ainda assim, não me parece postiço.
Há qualquer coisa que emana do homem, um não sei quê de falsas indignações, de falsas convicções, um olho sempre matreiro para as câmaras, uma permanente representação de si próprio.
Trata-se do doutor Paulo Portas, o Paulinho da Feiras.
Ao mano doutor Miguel não se lhe pode acusar de postiço. É apenas possuído por uma fé um pouco inquietante.
Perdi a fé (nunca foi inquietante) ainda era um infante, mas prometo a minha reconversão se o Senhor nos livrar de mais esta família.
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