O Impertinente ainda não descontou, como se diz no mercado de capitais, a descida anterior de um degrau para o inferno tablóide, a que se dirige alegremente o Expresso, já o semanário do saco de plástico pisa o seguinte.
Desta vez, foi a foto na 1ª da página, do 1º dos 323 cadernos, do anúncio da Renova com um marmanjo com as cuecas a caírem, uma marafona pendurada nas traseiras do marmanjo, e no fundo uma latrina com um erótico papel higiénico no chão, o que faz dele um papel não higiénico.
A coisa é tão completamente gratuita, que dá para pensar não ser gratuita. Quer com isto o Impertinente dizer que pensou com os seus botões que talvez a Renova tenha pago ao saco de plástico, ou a um dos seus empregados, para botar aquela trampa – designação absolutamente apropriada neste cenário – na 1ª página. Não satisfeitos com a 1ª página do 1º caderno, os do saco de plástico reincidiram no 2º caderno com mais uma fotos explicando que em França a coisa tinha causado escândalo.
Não se percebe porquê o escândalo. Piedade talvez. Piedade por um semanário que se pretende de referência, que se rendeu às funções zingarilho - quanto mais fala em ética, mais se prostitui. Era um semanário mediano no género bom. E, pouco a pouco, transformou-se num semanário mau, no género mau.
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