Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

19/10/2014

ARTIGO DEFUNTO: Se eles ao menos lessem os jornais onde escrevem (4)

O que é um facto para um escritor que faz jornalismo de causas? Depende de quem é o escritor mas é provável que seja ficção. Exemplo: para Miguel Sousa Tavares o «Facto 5.» é «depois a ministra das Finanças confessar que já não é possível cortar mais a despesa do Estado (que continua a subir), ficou claro para todos que nunca haverá qualquer alívio fiscal, pois que está morta e enterrada qualquer veleidade de fazer o ajustamento por via da despesa e não da receita».

Duas páginas antes daquelas elucubrações há um artigo cujo título se lido por MST seria só por si suficiente para não escrever asneiras: «Despesa só cortou metade do défice». Se fosse para além do título, MST ficaria ainda a saber que

«De acordo com os cálculos do Expresso, a redução de 8,4 pontos percentuais no défice entre 2010 e 2015 é explicada em 4,4 pontos por diminuição dos gastos e os restantes quatro pontos como resultado de aumento de receita.

Neste cinco anos, o défice contabilizado com as novas regras europeias (SEC 2010) passou de 11,2% do produto interno bruto (PIB) em 2010 para 2,7% previstos para o próximo ano. A despesa recuou de 51,8% para 47,4%, enquanto a receita aumentou o peso de 40,6% para 44,6% do PIB.
»

Sem comentários: