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03/08/2014

ARTIGO DEFUNTO: os desígnios do jornalismo de causas são insondáveis (9)

Retomo uma série interrompida há 4 anos dedicada aos pastorinhos da economia dos amanhãs que haveriam de cantar e que perderam o pio – refiro-me especialmente a Nicolau Santos depois de ter enfiado o mais ridículo barrete deste século pela mão do vigarista «Artur Baptista da Silva, suposto membro do PNUD e supostamente encarregue pela ONU de montar em Portugal um Observatório dos países da Europa do sul em processos de ajustamento».

Após muitos anos a glorificar o investimento público em geral e as políticas socráticas em particular, o pastorinho Nicolau Santos deu agora em dedicar as suas prosas gongóricas a promover «o grande salto em frente dos têxteis e calçado» na sua coluna no Expresso.

É surpreendente que a criatura não tenha a mínima dúvida sobre a bondade das políticas que tem promovido - que deram na maior bancarrota porque passou o Estado português nos seus séculos de existência - e ao mesmo tempo saude a ressuscitação de duas indústrias que praticamente não receberam nem atenções nem dinheiro (graça aos deuses!) nem qualquer outro fruto das políticas promovidas pela criatura.

Invoco os deuses da triste ciência para que dessa promoção dos têxteis e calçado não resulte nenhum desastre para estas indústrias semelhante ao de várias das empresas e negócios que a criatura promoveu durante anos e que se afundaram sem remissão.

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