Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

22/06/2008

ARTIGO DEFUNTO: a revolta da ignorância (e da demagogia, já agora)

Quem tenha um módico de conhecimento do funcionamento duma empresa sabe que a facturas de bens vendidos ou serviços prestados não pagas pelos clientes, depois dum período de hibernação sob a forma de provisões, serão finalmente abatidas aos proveitos e, consequentemente, aos lucros. Em qualquer empresa que tenha os consumidores finais como clientes haverá um rácio médio de incobráveis que inevitavelmente terá que será considerado com um componente do custo a incluir no preço final do produto ou serviço pago pelo cliente.

Isto é tão trivial que até agonia explicar. Será? Então como explicar a histeria dos robins dos bosques que enxameiam a nossa política, dos jornalistas de causas e até de insuspeitas luminárias gritando a sua indignação perante a «proposta» da Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE) que faria suportar pelos consumidores o que já é suportado? [Ver aqui a «revolta» do doutor Afonso Candal, o herdeiro do lugar da bancada do PS outrora do famoso Carlos Candal]

Contra esta idiotia generalizada, apenas se levantou no Sol a voz do doutor Sérgio Figueiredo, que dificilmente se pode considerar neutral, como ele próprio reconhece, uma vez que é o administrador-delegado da Fundação EDP.

Sem comentários: